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Candidatura: deputado federal Jair Bolsonaro afirma só desistir ‘morto’

Rio de Janeiro. Pré-candidato à Presidência, o deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ) disse, em vídeo publicado em suas redes sociais, que só deixará a disputa eleitoral se for tirado “na covardia” ou se for morto. Bolsonaro reagiu a reportagens que mostraram seu aumento patrimonial.

Desde 1995, ele recebe da Câmara auxílio-moradia mensal de R$ 3.083 mesmo tendo um apartamento em Brasília, comprado em 1998.

“Só (em) duas situações eu posso não estar esse ano no debate presidencial. Se me tirar na covardia por um processo qualquer ou se me matar. Não estou preocupado com isso. Se me matarem, vão ter que me enterrar. Vão arranjar outro Celso Daniel – declarou o deputado, fazendo referência ao ex-prefeito petista de Santo André (SP), morto em 2002. No vídeo de cerca de 12 minutos, Bolsonaro diz que não é corrupto e que nunca foi citado em escândalos de corrupção.

Ao justificar o recebimento de auxílio-moradia, o deputado afirma que “está propenso” a vender o apartamento de Brasília para usar os imóveis funcionais da Câmara dos Deputados, que, segundo ele, representam um custo maior do que o benefício que ele recebe.

“Eu não sou corrupto, está mais do que comprovado, nunca fui citado em escândalo nenhum. Agora, pegaram meu patrimônio. Vamos falar do auxílio-moradia. ‘Ó, ele tem apartamento em Brasília e recebe auxilio-moradia.’ Tenho sim. O apartamento tem aproximadamente 60 metros quadrados. O que eu posso fazer? Vender o apartamento, comprar aqui no Rio de Janeiro um outro imóvel e morar num apartamento-mansão da Câmara, de 200 metros quadrados, alguns com hidromassagem, com segurança, que eu não vou pagar. Não vou pagar IPTU, não vou pagar condomínio. Estão implicando com R$ 3.500, R$ 3.600 de auxílio-moradia como se eu fosse um bandido”, declarou o deputado, reclamando ainda que seu crescimento patrimonial não pode ser somado aos dos filhos.

Diário do Nordeste