Políticos admitem estar sofrendo descrédito e repúdio do eleitor
Líder do Governo na Assembleia Legislativa, o deputado Evandro Leitão (PDT) afirmou que o principal problema é realmente a falta de credibilidade dos políticos. Segundo ele, há uma total descrença no homem público por conta da conjuntura que o País está vivendo, o que também é sentido entre os políticos do Estado. “Onde passamos, percebemos que as pessoas estão céticas com o político e a política em geral”.
No entanto, o pedetista ressaltou também que a falta de recursos financeiros atrapalhará aqueles que têm menos condições de enfrentar uma disputa acirrada como a de 2018. “Esses dois fatores serão preponderantes”.
Constrangidos
“Nunca na história do Brasil o povo se rebelou tanto contra os maus políticos ou aqueles que se posicionaram contra a vontade popular. A grande dificuldade será esse contato com o eleitor. São raros os políticos que andam no meio do povo sem serem constrangidos por um posicionamento”, disse o deputado Capitão Wagner (PROS).
Para o deputado José Sarto (PDT), a exiguidade de tempo para a disputa eleitoral e a descrença da sociedade serão fatores importantes no pleito deste ano. Sérgio Aguiar (PDT) destacou que a falta de credibilidade dos políticos será a maior dificuldade na eleição de outubro.
“A generalização tomou conta do pensamento da sociedade, então cada candidato deverá encontrar alternativas para fazer chegar ao povo a sua mensagem e procurar debater com um maior número de pessoas sobre seu passado, seu presente, e propostas para o futuro”.
Na mesma linha do colega, o deputado Julinho (PDT) disse que a questão dos recursos financeiros é sempre difícil, visto que a diferença entre algumas candidaturas é persistente e não há igualdade entre os candidatos. Ele ressaltou ainda que a falta de credibilidade do homem público tem incomodado todos os políticos, visto que o eleitorado não tem feito distinção entre corruptos e aqueles que tem vida pública ilibada.
“Por falta de interesse e de conhecimento, o eleitor acaba achando que todos são iguais. O dever do eleitor, como cidadão, é procurar saber o passado, e depois fazer sua avaliação. Pelo menos escute o que o candidato tem a dizer”, apela.
Autofinanciamento
Para Rachel Marques (PT), os desafios para o pleito eleitoral deste ano são complexos, principalmente pela instabilidade democrática vivenciada no País. “Nesse contexto, acreditamos que o grande receio que podemos mensurar é de fato a instabilidade política e democrática e a descrença na política pela qual passa o País”.
Ela acredita, porém, que outro desafio que será enfrentado é contra as campanhas milionárias. “O autofinanciamento de campanha privilegia os grandes empresários”, cita. A deputada Silvana Oliveira (PR) destaca que não tem sentido resistência por parte de seu eleitorado, constituído em quase sua totalidade por evangélicos.