PT aluga terreno em frente à PF para tentar manter vigília pró-Lula
A presidenta do Partido dos Trabalhadores (PT), senadora Gleisi Hoffman, falou sobre os 100 dias da Vigília Lula Livre e destacou o espírito de resistência de todos os presentes em Curitiba.
Nesta semana, o partido providenciou o aluguel de um novo terreno, em frente à sede da Polícia Federal (PF), onde Lula está preso desde o dia 7 de abril. A decisão ocorre após protestos de moradores da região contra a ocupação.
“Depois de proibirem a gente de deixar as barracas na Praça Olga Benário , os movimentos resolveram locar o terreno, que é privado, onde vai funcionar como ponto para os nossos atos”, explicou Regina Cruz, presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT) do Paraná.
No mês passado, a Justiça autorizou o uso de força policial para retirar as barracas dos simpatizantes do ex-presidente. Os impasses contribuíram com o enfraquecimento do movimento. Nos primeiros dias da prisão de Lula, segundo dados da revista Carta Capital, a média diária era de 500 a 600 pessoas. Hoje, cerca de 50 militantes permanecem no local.
“Não é a quantidade de pessoas que importa, mas a luta, a resistência, o grito de guerra e nossa presença nas ruas e nas vigílias. Duas vezes por dia acionamos as redes sociais. Recebemos apoio de todo o país. Uma vez por semana fazemos uma prestação de conta de tudo o que acontece”, ponderou Edna Dantas, militante do movimento por moradias populares em Curitiba, que desde o primeiro dia está à frente da organização.
Já Gleisi Hoffman preferiu comemorar, nesta quarta-feira (18), o apoio e a solidariedade ao PT e a Lula, após ter sido alcançada a marca de R$ 1 milhão por meio de financiamento colaborativo. Nesse contexto, voltou a destacar o papel da vigília.
“Como dissemos quando a vigília foi iniciada, nós não vamos sair de lá sem o Lula. A vigília se tornou uma referência da resistência, da luta e, principalmente, da solidariedade ao Lula. Ela continuará enquanto continuar essa injustiça com ele”, disse.
Notícias ao Minuto