Partidos estão sem recursos para financiamento de campanhas e terão menos candidatos no Ceará
A maioria dos partidos no Ceará ainda não sabe quanto terão de recursos públicos, disponibilizados pelas executivas nacionais, para custearem a campanha deste ano. Outro dado a destacar no pleito de 2018 é a possível redução na quantidade de candidaturas proporcionais a serem apresentadas pelas principais legendas no Estado.
Em 2014, o Ceará contou com 217 candidatos a deputado federal e 638 a estadual. Nas eleições gerais de 2010, o número de postulações foi de 154 para federal e 603 para estadual. Na ocasião, o Brasil tinha 27 partidos. Nas eleições gerais de 2006, com nove agremiações a menos que em 2014, o Ceará teve 151 candidatos para a Câmara Federal e 568 para a Assembleia.
Para este ano, pela quantidade de pré-candidaturas apresentadas, a tendência é que haja uma redução no número de postulantes às vagas proporcionais. O PSDB, em 2006, coligado com o PFL (atual DEM) e siglas menores, lançou 32 candidatos a deputado estadual e elegeu 15. Para federal, em coligação, lançou 12 nomes e elegeu cinco.
No pleito seguinte, em 2010, foram 23 tucanos postulando vaga na Assembleia, sendo eleitos Gony Arruda, Moésio Loiola, Teo Menezes, Rogério Aguiar, João Jaime, Fernando Hugo e Osmar Baquit. Para federal foram 14, e só um eleito: Raimundo Gomes de Matos. Em 2014, em coligação com PMDB, PR, DEM e PRP, o PSDB apresentou 19 candidatos a estadual e elegeu apenas um nome, Carlos Matos. Para federal, também em coligação, foram nove tucanos na disputa, e apenas Raimundo Gomes de Matos foi eleito.
Neste ano, o PSDB, por enquanto sozinho, pretende lançar 23 nomes à disputa estadual e 10 para federal. Segundo o presidente do partido no Ceará, Francini Guedes, ainda não há discussão sobre os valores que a sigla destinará aos postulantes.
Resolvido
O MDB, segundo Danniel Oliveira, tem 18 pré-candidatos a deputado estadual e 11 a federal. Em 2014, lançou 28 nomes para a Assembleia, elegendo seis. Para a Câmara, foram indicados 15, sendo eleitos Vitor Valim, Danilo Forte e Aníbal Gomes, hoje todos fora do partido.
O MDB deve destinar ao menos R$ 1,5 milhão para as candidaturas a deputado federal, sendo que o teto é de R$ 2,5 milhões. No caso dos candidatos a estadual, a sigla ainda não definiu. Para a disputa ao Senado, o valor a ser destinado será o teto.
Hoje a legenda com maior representatividade no Estado, o PDT pretende lançar 28 nomes a deputado estadual e 12 para federal, números aquém de outros pleitos, quando a sigla lançou 33 candidatos à Assembleia em 2014, 33 em 2010 e 31 em 2006. Para a Câmara, o número aumentou. No passado, o grêmio lançou, no máximo, quatro nomes, em 2006, e desde 2010 só elegia um, André Figueiredo, presidente da sigla.
Figueiredo disse que nada ainda foi resolvido sobre repasses ao diretório estadual. “O que foi decidido foi a repartição do valor do Fundo Eleitoral entre candidaturas a presidente, governadores, senadores, deputados federais e estaduais, sendo um terço para cada, deduzindo 30% para candidaturas femininas”.
O Progressistas, até o momento, só definiu dois nomes à Câmara e seis para estadual, a maioria tentando reeleição. Em 2014, foram 20 nomes, sendo eleitos Joaquim Noronha e Zé Ailton Brasil. Para federal, o partido lançou cinco postulantes no pleito passado, não elegendo ninguém. Em 2010 foram cinco candidatos, quando Padre Zé Linhares foi eleito. O PP, segundo resolução, vai garantir R$ 100 mil para candidatos a deputado estadual e R$ 2 milhões para federais.
Completa
O DEM, em 2018, deve estar em coligação majoritária encabeçada pelo PT. Há quatro anos, a legenda apresentou somente 16 candidatos à disputa estadual. Para 2018, o partido ainda não fechou quantos nomes lançará.
Em 2014, o Solidariedade (SD) participou da primeira eleição geral no Ceará, lançando sete candidatos em coligação com PRB, PT, PTB, PSL, PHS, PV, PSD e PROS, apesar de ter apoiado candidatura de Eunício Oliveira ao Governo. Elegeu Aderlânia Noronha e Lucílvio Girão. Neste ano, o presidente do partido, deputado Genecias Noronha, informou que a sigla pretende lançar apenas as candidaturas dele e do vereador Odécio Carneiro para deputado federal, e de Aderânia Noronha, Heitor Férrer e outro postulante para estadual.
Já o PT deve lançar até 26 nomes para a Assembleia em 2018. De 2006 a 2014, este número teve redução, sendo 23 indicados em 2006 e 2010 e 13 em 2014. No mesmo período, para a Câmara, a diferença entre indicados foi pequena, ficando entre oito e dez. No pleito passado, o partido elegeu apenas dois deputados ao Legislativo Estadual e quatro ao Federal.
Em 2006, ainda como PL, o atual PR lançou 29 nomes para a Assembleia. Em 2010 foram 39 e, no pleito passado, em coligação com MDB, DEM, PRP e PSDB, 25. O PSD, em 2014, na primeira eleição geral da qual participou, lançou três nomes para deputado federal e não elegeu ninguém. Para a Assembleia, indicou oito nomes e elegeu Gony Arruda e Osmar Baquit. Para este ano, o partido pretende lançar quatro candidatos a estadual e quatro a federal.
Já o PROS, na época, apresentou nove postulantes a deputado federal, elegendo três. Coligado e com 22 candidatos, o grêmio elegeu 12 deputados estaduais. Para este ano, a sigla acredita ter chapa completa tanto para a Câmara quanto para a Assembleia.
Diário do Nordeste