CE: confiança do industrial abaixo da média
O Índice de Confiança do Empresário Industrial (Icei) do Ceará marcou 49,6 pontos este mês, representando um crescimento de apenas 0,1 ponto em relação ao mês de junho e 6,9 pontos abaixo da média histórica para o Estado. Esse é o segundo mês consecutivo em que o índice se encontra abaixo da linha divisória dos 50 pontos, deixando, portanto, de indicar confiança por parte do empresariado local. No Brasil, o ICEI deste ano atingiu a marca dos 50,2 pontos, elevação de 0,6 ponto em relação ao mês anterior e 3,9 pontos abaixo da média histórica para o País.
Essa pequena variação no ICEI entre junho e julho indica que a confiança do empresariado cearense ainda não se recuperou após o acentuado recuo decorrente da greve dos caminhoneiros, realizada no final do mês de maio. Na análise setorial, o ICEI da indústria de transformação apresentou queda de 0,4 ponto, alcançando o valor de 49,7 pontos. No Brasil, o indicador marcou 50,3 pontos, registrando crescimento de 0,6 ponto na passagem para o mês de julho de 2018.
Por outro lado, a Indústria da Construção, setor menos afetado pela greve, apresentou uma maior recuperação no período, voltando a estar acima da linha divisória dos 50 pontos. Este fato indica uma certa confiança por parte do empresariado local, ainda que discreta. O ICEI da Indústria da Construção cearense apresentou crescimento de 5,1 pontos em comparação ao mês de junho de 2018, atingindo 53,4 pontos e recuperando parte da queda apresentada no mês anterior. No Brasil, o setor também apresenta crescimento, alcançando 48,9 pontos, frente à marca 48,2 no mês anterior.
Situação atual
O Índice de Condições Atuais registrou 41,3 pontos, recuo de 0,5 ponto quando comparado ao mês anterior, indicando avaliação desfavorável com relação à situação neste momento. Quando analisados os componentes que formam o indicador, observa-se que o item que possui pior avaliação é a economia brasileira, com apenas 34,2 pontos, seguido pela economia cearense, 41,2 pontos, e pelas empresas, 45,3 pontos. No Brasil, o índice alcançou 43,6 pontos (crescimento de 1,2 ponto), evidenciando cenário similar. Esse é o segundo mês consecutivo que o índice se encontra abaixo da linha divisória dos 50 pontos, ou seja, demonstrando desconfiança dos empresários.
O Indicador de Expectativas apresentou queda de 5,0 pontos em nível nacional, chegando a 53,2 pontos, ainda evidenciando perspectivas positivas por parte do empresariado. No Ceará, o índice também assinalou crescimento, chegando a 53,8 pontos, resultado que ainda demonstra expectativas positivas. Quando analisados os componentes que formam o indicador, as expectativas dos industriais cearenses são favoráveis quanto ao seu próprio negócio (57,8) e quanto à economia cearense (51,2). No entanto, as expectativas são pessimistas para a economia brasileira (46,4). Tudo vai depender de como o Governo Federal vai conduzir os destinos do País nos próximos cinco meses e do resultado que acontecer nas urnas, durante a eleição presidencial de outubro.
O Estado.CE