Várzea Alegre

Fotógrafo que trabalhou em Várzea Alegre é preso acusado de assédio sexual na Bahia

O fotógrafo e sócio proprietário da agência Groupap Model, Airtony Pereira, foi preso nesta sexta-feira, 21, pela equipe da Delegacia Especializada de Atendimento a Mulher (DEAM), acusado de assediar sexualmente adolescentes, em Jequié, Bahia.

A informação está no blog do jornalista Marcos Cangussu, e tem como fonte a própria polícia. As adolescentes faziam parte da agência ou queriam ser modelos. Durante as investigações da Polícia foram identificadas sete vítimas.

O fotógrafo foi encaminhado para o Conjunto Penal de Jequié e responderá pelos crimes tipificados nos art. 171, 213 e 215, todos, do CPB, e 240 e 241-B, do ECA. Pena – reclusão, de 6 a 10 anos.

Airtony Pereira já realizou trabalhos em Várzea Alegre, ele foi acolhido pelo vereador Michael Martins, que inclusive, são primos. Michael que está em São Paulo, postou uma nota de esclarecimento em seu perfil no Facebook, deixando claro que não tem nenhuma responsabilidade sobre os fatos e acusações vinculados ao fotógrafo.


Mais de vinte jovens teriam passado pelo fotógrafo, uma das jovens que não quer ser identificada disse que também sofreu abuso, porém, nunca quis denunciar. Além dela, suas amigas também passaram pela mesma situação.

“Ele me chamou para a sala e começou a conversar comigo e tal, daí ele mandou eu se levantar e começou a me tocar nas minhas partes íntimas, tentando ter algo mais sério, só que eu pedi para ele parar. Bom, daí saímos de lá pra fazermos as fotos, saí como não tivesse acontecido nada.” Disse.

A realidade só veio à tona após a notícia de sua prisão. “Foi aí que me toquei que esse tempo todo ele estava apenas aproveitando de nós.” Encerrou

No município, ele teria buscado parcerias, inclusive, com profissionais da fotografia. A fotógrafa Gláucia Sanmira, disse que foi procurada por ele.

“Faz mais ou menos dois meses que esse fotógrafo entrou em contato comigo para uma parceria com a agência Groupap. Fotografei algumas meninas na casa da minha mãe, ele gostou do meu trabalho e acertamos a parceria. A partir desse momento conversamos muito sobre o assunto e ele me deu várias dicas. Tínhamos um grupo no WhatsApp criado por ele. Ele saiu do grupo e não mandou mais mensagens no privado. Hoje eu soube por uma das meninas que ele está preso. Estou me sentindo muito mal por ter tido uma parceria (ainda que breve e ainda que não o conheça pessoalmente) com um abusador. Escrevo essa mensagem para pedir que divulguem esse caso para descobrirmos se há alguma jovem da nossa cidade que também é vítima e para a encorajarmos. Sem julgamentos, por favor!” Disse.