Brasil

Haddad bate em Bolsonaro e se apresenta como defensor da democracia

Em ascensão nas pesquisas de opinião e dez horas após se reunir, nesta segunda-feira (24), com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o candidato do PT à Presidência, Fernando Haddad, partiu para o ataque contra o adversário do PSL, Jair Bolsonaro.

Poupando Bolsonaro de ataques pessoais -mas disposto a polarizar desde já com o líder das pesquisas-, Haddad criticou recentes declarações de aliados do capitão do Exército.

Após citar polêmica declaração do vice de Bolsonaro, general Hamilton Mourão -de que famílias sem pais e avôs são fábricas de desajustados-, Haddad disse que, há cinco anos, não se imaginaria que alguém fosse  capaz de fazer essa afirmação.

“Pensar isso já é uma loucura. Agora, falar…E falar como candidato…”, discursou Haddad, durante ato sobre educação e ciência e tecnologia.

O ex-prefeito criticou também proposta apresentada pelo economista Paulo Guedes, guru de Bolsonaro, de criar uma alíquota única de Imposto de Renda no país.

“Temos um sistema tributária dos mais regressivos do mundo, e o sujeito quer diminuir o imposto de renda dos ricos e aumentar dos pobres”, afirmou Haddad.

Depois se queixar também de uma naturalidade com que a imprensa trataria essas declarações, Haddad disse que isso viraria pó após as eleições.

“Não é possível que o país tenha mudado tanto a ponto de tolerar esse tipo de declaração.”

Nesse esforço de polarização com Bolsonaro, Haddad apresentou sua candidatura como fruto de um processo que nasceu na luta pela democracia.”Não começamos há 15 dias esta campanha. Começamos no fim do regime militar”, afirmou.

No discurso, Haddad citou seu encontro com Lula e disse que, se fosse adversário do ex-presidente, nunca o deixaria trancado 24 horas do dia pensando em política e no pais.

Afirmando que a democracia está em risco no Brasil, Haddad disse: “Não estamos a fim de ir para casa. Ninguém está a fim de pendurar a chuteira”.

Ao falar da situação do PT, Haddad disse que os adversários não imaginavam que a legenda era um instrumento de transformação social do Brasil. Ele reafirmou a disposição de Lula de lutar por sua inocência. “Depois de tantos anos de massacre, a primavera começou de novo.” Com informações da Folhapress.

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