Ceará

Ataques a bancos no Ceará caem em 2018; mortes nessas ocorrências sobem

O ano de 2018 ficou marcado pela Tragédia em Milagres. Um dos episódios mais tristes da história do Estado elevou o número de mortes em ataques criminosos a instituições financeiras no ano passado, mesmo a quantidade de ocorrências desse tipo tendo caído, no comparativo com 2017.

Conforme os dados do Sindicato dos Bancários do Ceará, o Estado fechou o ano com 43 ataques a instituições financeiras (bancos ou carros-fortes), o que representou uma queda de 21,8% no índice, já que o ano anterior teve 55 ações criminosas deste tipo.

Os meses com maior incidência de ataques foram dezembro, junho e maio, com cinco crimes registrados em cada. Já julho foi o único mês sem ocorrências. O último caso do ano ocorreu em 23 de dezembro, em Icó, quando dois homens invadiram a agência do Bradesco por um buraco feito na parede, mas acionaram o alarme do prédio e tiveram que fugir antes de concretizar o furto.

Mortes

Apesar da redução, as ações criminosas registradas em 2018 resultaram em um aumento de 61,5% no número de homicídios, na comparação com 2017: 21 vítimas contra 13. Dois terços dessas pessoas (ou seja, 14), morreram em uma operação policial desastrosa, em Milagres, no último dia 7 de dezembro.

Uma quadrilha planejava furtar duas agências bancárias, com vários reféns, quando foi surpreendida por composições do Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate), da Polícia Militar. O confronto violento ceifou a vida de oito suspeitos e seis reféns.

Outro tiroteio entre policiais e criminosos deixou seis mortos (todos suspeitos), em uma tentativa de assalto a um carro-forte, em Quixeré, no dia 23 de novembro do ano passado. Um armamento pesado foi apreendido na operação conjunta entre a Polícia Federal (PF) com a Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS).

Em mais um confronto, um suspeito de atacar a agência do Banco do Brasil de Santana do Cariri, na madrugada de 3 de março último, também foi morto pela polícia.

Carros-fortes

Uma particularidade do ano na Segurança Pública do Ceará foi o número de crimes contra carros-fortes. O índice mais que dobrou. Enquanto 2017 teve apenas quatro ataques aos veículos transportadores de valores, 2018 encerrou com 10 ocorrências. Somente no mês de maio, quatro ações criminosas visaram carros-fortes. Em uma delas, um vigilante foi baleado, em uma troca de tiros na Aldeota, área nobre da Capital, em plenas 9h30 do dia 28 de maio.

Fonte: Diário do Nordeste