Várzea Alegre

Sistema de saúde de Várzea Alegre não dispõe no momento de soro contra veneno de cobra

O agricultor Antônio Batista conhecido por Neto Batista, foi picado na tarde de quinta-feira,19, por volta das 13h, no interior de sua roça localizada no Sítio Cajazeiras, por uma cobra (espécie de Epicrates Cenchria Assisi), salamanta ou cobra de veado. Ao ser socorrido para o Hospital São Raimundo Nonato, a família foi informada que no município no momento não há soro antiofídico, medicamento para tratar mordidas de cobras venenosas, somente no Hospital Regional do Cariri.

A vítima da cobra não precisou do medicamento, porque a salamanta em questão não possui veneno. O motivo da questão que é levantada pelo filho do agricultor é que no município de Várzea Alegre, esse tipo de soro não poderia estar ausente. Segundo ele ao fazer uma análise mais profunda, uma vítima de uma espécie de cobra venenosa, poderá vir a óbito caso o atendimento seja demorado.

“Eu estava vendo aqui no site do Instituto Butantan e na nossa região existe espécies como a Cascavel e a Coral Verdadeira que matam ou causa paralisia ou hemorragia em algum membro cerca de 6 horas depois da picada, se levarmos em consideração que a pessoa vai esperar muito tempo pra conseguir se consultar aqui e depois ainda tem que tomar o soro em Juazeiro do norte essa pessoa pode ter sérias complicações. Meu pai foi picado às 13h e foi atendido por volta de 16h30 e fosse uma espécie que possuísse veneno daqui que ele fosse pro Juazeiro ia chegar nas 6 hs ou até passar.”

Procuramos o Hospital São Raimundo e conversamos com a enfermeira chefe, Caline Ferreira, ela nos disse que não estava no momento do atendimento mas destacou o protocolo do Hospital nesses casos. A enfermeira disse que o paciente que é diagnosticado por mordida de uma cobra venenosa, o hospital solicita do Regional do Cariri as Ampolas de acordo com a prescrição médica. Ao receber o medicamento, esse será administrado no paciente. O mesmo somente será transferido para outra Unidade de Saúde em caso do soro não resolver a situação.

Caline aproveitou para orientar que em caso de acidentes se possível o paciente saiba a espécie da cobra, porque o soro e de acordo com cada espécie. Caso não há identificação é fabricado um soro misto, que não terá efeito com mais eficiência.