Ceará

Deputado fala sobre evasão escolar e sexualidade

O deputado Fernando Hugo (PP) chamou a atenção de seus pares para o problema da evasão escolar e a queda no desempenho dos alunos que, na visão dele, vem sendo sentida nas instituições de ensino em todos os níveis, desde o Infantil ao Superior. O parlamentar acredita que se perdeu “tempo demais” discutindo assuntos no Plano Nacional e Estadual de Educação que “precarizaram” o debate curricular, como questões ligadas à sexualidade dos alunos.

Apesar da melhoria do salário pago aos professores no País, de uma melhor estrutura nas escolas e do repasse de recursos do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (FUNDEB), ele se mostrou espantado com a pouca evolução no aprendizado dos alunos. Segundo disse, a Universidade de São Paulo (USP), por exemplo, caiu nas posições de destaque e não aparece mais entre as 200 melhores universidades do mundo.

“Os alunos não estão apetitosos pra irem à escola devorar o saber, comer educação e instruir-se não somente no currículo, não somente no dois e dois. Mesmo com uma conjunção moderna de atrativos que são postados em muitas escolas, como a merenda escolar que há 30 anos não existia nos moldes em que é feita hoje em dia. A escola moderna de 20 anos pra cá quase todas elas são feitas, estruturalmente, nos moldes que o MEC (Ministério da Educação) preconiza, sem dúvida alguma, com professores que já não ganham mais salários menores que o salário mínimo, embora ainda seja menor, a colheita nas escolas ainda é muito pequena, é sofrível”.

O deputado criticou o ensino de ideologias nas escolas. Ele acredita que houve uma discussão intensa a nível Federal e Estadual sobre a inclusão no Plano de Educação de pontos que tratam sobre sexualidade e gênero, por exemplo, que, para ele, não ajudam na formação do estudante. “Perdeu-se tempo demais com assuntos que precarizaram aquele debate maior do Programa Nacional de Educação. Perdemos tempo demais discutindo o currículo que iria ser proposto com assuntos que não levam a um crédito nacional de colheita do saber. Priorizar-se no Brasil o debate sobre inserir no teste curricular assuntos ligados à sexualidade, homossexualidade, isso é de um bestialismo capital”.

Fonte: Diário do Nordeste