Com apoio de primo nos estudos, jovem atinge 920 pontos na redação do ENEM e sonha com Medicina Veterinária

O jovem Carlos Henrique Bitu de Souza, 17 anos, é um dos participantes do Exame Nacional do Ensino Médio – ENEM 2021, que obtiveram pontuação acima dos 900 na prova de redação.

Do bairro Zezinho Costa, em Várzea Alegre, o jovem atingiu 920 pontos e assim como muitos candidatos, ele disse que também não esperava o tema dessa edição, no entanto, avaliou como o assunto importante, interessante e pouco debatido.

Em 2021 o tema foi “Invisibilidade e registro civil: garantia de acesso à cidadania no Brasil”, e Henrique utilizou como argumentos ‘a falta de conhecimento do assunto’ e também ‘a falta de debate’. Ele finalizou a redação confiante e esperava tal nota.

“Eu já esperava um pouco que ia tirar mais que 900, estava bem confiante e sabia que tinha feito uma ótima redação. Disse a todos os meus familiares que ia vim uma nota maior que 900 e graças a Deus, deu tudo certo”, frisou.

Quando fez a prova o jovem já havia terminado o ensino médio na escola estadual José Correia Lima [Centro], e teve que se virar sem a ajuda de professores para obter um excelente resultado.

Ao repórter Ivan Silva, Henrique disse que entre os apoios recebidos, um foi fundamental, do seu primo Olival Caldas, que obteve 980 pontos na edição passada. O jovem lhe doou um material que lhe ajudou muito.

“Meu amigo e primo olival Caldas, me deu um curso e materiais que ele tinha e que fez ele tirar 980 no Enem de 2020. Eu aceitei e me dediquei ao máximo nisso, e graças a Deus consegui tirar essa nota na redação do Enem de 2021”, disse.

O sonho de Carlos Henrique é ser médico veterinário, e na pontuação conquistada na edição anterior [2020] não foi suficiente para entrar, ele havia atingido 660 pontos na redação.

“Sempre quis medicina veterinária, meu pai trabalha na Casa do Campo e como sempre eu via ele cuidando dos animais, eu desde pequeno me interessei por medicina veterinária”, disse.

Em relação aos outros conteúdos do Exame, Carlos contou que seu desempenho foi mediano, pois havia se dedicado mais à redação, por ter um peso maior nas faculdades, mas acredita que vai entrar no tão sonhado curso.

“O curso é muito concorrido e eu só queria aqui pelo Cariri, então é muito disputado. Mas se Deus quiser dará tudo certo e eu vou conseguir uma vaga lá”, destacou.

Momento difícil

Natural de Várzea Alegre e filho do gerente Edimar Borges, Carlos Henrique fez o ensino fundamental no Instituto de Ensino Sátiro Siebra – IESS [Escola particular] e ensino médio na escola pública José Correia Lima, sendo destaque no 1º ano, ganhando um notebook no SPAECE.

Aos 15 anos de idade, o jovem perdeu a sua mãe, professora Dinha Bitu, para o câncer. Na época ele cursava o 2° ano e foi uma fase muito difícil da sua vida.

“Ela que era uma base pra mim, então me pegou muito isso, muita coisa ficou complicada, mas precisei ser forte e segui em frente com meu pai”, disse.

Precisando seguir com a vida, ele agora colhe os frutos da preparação e aguarda ansiosamente a abertura das vagas no Sistema de Seleção Unificado (Sisu) 2022. O processo deve começar no próximo dia 15 de fevereiro.

foto divulgação