Brasil

Gleisi Hoffmann avalia possível disputa Lula x Bolsonaro

Brasília. A presidente do PT, Gleisi Hoffmann (PR), afirmou ontem que a consolidação de Luiz Inácio Lula da Silva em primeiro lugar na corrida presidencial de 2018 se deve “aos resultados de seu governo” e que os críticos ao ex-presidente migraram o voto para Jair Bolsonaro (PSC) por considerá-lo o candidato “com mais condições de vencer” o petista.

“As pessoas analisam o que elas já viveram e comparam. Elas tinham renda e emprego, hoje voltou a pobreza e a miséria’, disse Gleisi.

Para ela, Lula é a opção oposicionista ao governo de Michel Temer que tem ‘a confiança do povo’. A senadora completa: “se é para ser crítico ao atual governo, melhor que seja alguém que já fez, que já governou”.

Pesquisa divulgada neste fim de semana mostra que Lula fortaleceu sua liderança e Bolsonaro está isolado em segundo lugar. Lula ampliou em quatro pontos percentuais sua vantagem em relação ao levantamento anterior.

No confronto com Geraldo Alckmin (PSDB) -52% a 30%; Marina Silva (Rede) -48% a 35%-; e Jair Bolsonaro, 51% a 33%.

A candidatura de Lula pode ser barrada se ele for condenado na (a nove anos e seis meses de prisão) em segunda instância da Lava Jato por corrupção. Se a condenação for confirmada, ficará inelegível, mas pode recorrer da decisão.

Polarização relativizada

Gleisi Hoffmann disse não concorda com a avaliação de que há uma polarização entre dois extremos, com Lula e Bolsonaro na ponta da disputa. Segundo ela, um candidato do governo, de centro-direita, ou até mesmo o nome de Geraldo Alckmin terá que “se consolidar com os números ruins”.

Integrantes do governo Temer também avaliam que, apesar da consolidação de Lula e Bolsonaro em primeiro e segundo lugar, respectivamente, ainda há espaço para um nome de centro “furar” a polarização entre ambos. Nas palavras de um auxiliar do presidente Temer, a disputa ainda está longe e “há muita gordura para queimar”.

Além de avaliar potenciais nomes para presidente, o Datafolha mostrou ainda que o brasileiro está preocupado com a economia e que a aprovação do governo Temer segue na casa dos 5%.

Fonte: Diário do Nordeste