Ceará

Vendas do varejo cearense voltam a cair em outubro

Após esboçar uma reação em setembro, ao subir 0,7% – depois de estacionar, em julho, e recuar 0,7% e agosto – o volume de vendas do comércio varejista cearense voltou a cair em outubro, ao registrar 1,4% de queda. Com o novo resultado, o setor também voltou ao patamar negativo sobre igual período de 2016, ao passar de 3,6% (setembro) para -0,9% em outubro – depois de duas altas seguida registradas, nessa base de comparação. Os números constam da Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), divulgada, ontem, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Sobre a pesquisa anterior, houve uma relativa estabilidade da perda acumulada no ano, para -2,8%, mas uma melhora na análise em 12 meses, para -3,3% – em setembro, os índices foram de -3% e -4,1%, respectivamente. Já no varejo ampliado – que inclui os setores de veículos e materiais de construção –, acompanhando a elevação de 4,4% em agosto e de 7,5% em setembro –, houve novo crescimento, de 7,6% sobre igual período de 2016, enquanto que, em 12 meses, a retração acumulada caiu de -1,7% (setembro) para -0,2%. No ano, a alta acumulada é de 1,1%.

Das 27 Unidades da Federação, 22 registraram queda no volume de vendas, em relação ao mês imediatamente anterior, na série com ajuste sazonal, com destaque para Roraima (-5,2%), Alagoas (-4,5%) e Mato Grosso (-3,3%).

Comportamento
Na passagem mensal, conforme o levantamento, todos os estados do Nordeste caíram, sendo que o Ceará foi o sexto a registrar o pior resultado mensal do varejo na região, atrás de Alagoas (-4,5%), Paraíba (-2,9%), Pernambuco (-2,5%), Sergipe (-2,3%) e Maranhão (-2,1%). No varejo ampliado – cujo cálculo é feito em separado porque os dois setores também vendem para o atacado –, o Ceará aparece em terceiro lugar, em relação a outubro de 2016, com o maior resultado, atrás de Maranhão (14,7%), e Alagoas (9,3%). Nessa base, todos os estados nordestinos registraram alta, exceto o Rio Grande do Norte, com -0,4% – contra os 4,5% de alta observados em setembro.

A receita nominal também caiu, contrariando o cenário positivo, em relação a setembro, de 1% para -1,6%. Também houve piora na comparação com igual mês de 2016, de 2% – enquanto que, em setembro, houve ganho de 2,5%, nessa mesma base –, ampliando a perda no acumulado de 2017, para -0,8% – em setembro, o saldo negativo acumulava -0,4%. Considerando o varejo ampliado, a receita avançou 4,7% em relação a outubro de 2016, acompanhando o ganho de 5,5% de setembro, nessa base. Já em 12 meses, houve variação de 1,5%, enquanto que, em setembro, a variação foi de 1,1%. Entre janeiro e setembro de 2017, o ganho passou a ser, também, de 1,5%, acima da alta acumulada de 1,1%, até setembro.

Por atividades, no Estado, entre as retrações observadas nas vendas, sobre setembro de 2016, estão móveis (-30,8%) – que acumulam expressiva queda de 30,3% desde janeiro –; combustíveis e lubrificantes (-23,4%); e, em menor intensidade, hiper e supermercados (-6,8%) e tecidos, vestuário e calçados (-2,9%).

No País, resultado é o pior em nove anos
Nos bastidores, no entanto, informações dão conta de outra versão da história que culminou com a saída de Marquinhos. Uma fonte próxima ao treinador alega que o motivo de sua saída foi o descontentamento com uma ordem que recebeu da diretoria para perder para o Botafogo-PB e fugir do Juventude no mata-mata. Segundo a fonte, que pediu para não ser revelada, o treinador já não havia aceitado bem uma ordem semelhante dada no Campeonato Cearense, quando o Fortaleza perdeu para o Guarani de Juazeiro na primeira fase, eliminando, assim, o Ceará. Ali, porém, Marquinhos Santos não tinha outras propostas: ou seguia no clube, ou ficaria desempregado. Dessa vez, com a oferta do Figueirense, não pestanejou: ele mesmo foi quem ligou para os catarinenses.

Pelo Facebook, o presidente do Fortaleza, Jorge Mota manteve o discurso oficial: “A questão é simples: o Marquinhos Santos recebeu várias propostas ao longo do ano e recusou-as todas, sempre dizendo que só sairia se fosse para um time da Série A. Coincidiu de o Figueirense ficar sem treinador, estar na Série A e ficar próximo a Curitiba, onde moram seus familiares. Além disso, está com um problema de saúde na família e somou tudo, entendeu que devia aceitar. Pronto. Foi isso o que aconteceu. Simples. Vida que segue”. Uma terceira versão – ou motivo adicional – foi revelada pela cúpula tricolor: Marquinhos tem um parente em situação crítica de saúde e aproveitou a oferta catarinense para ficar mais próximo da família.

Fonte: O Estado