Confiança dos industriais fica em 59,1 pontos no CE

A confiança do empresário cearense se mantém estável no início de 2018. Nessa perspectiva, o Índice de Confiança do Empresário Industrial (Icei-CE) marcou 59,1 pontos, na passagem de dezembro de 2017 para janeiro de 2018 – sendo esse o melhor início de ano desde 2013. As informações divulgadas, ontem, constam do levantamento realizado pelo Núcleo de Economia e Estratégia da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (Fiec), em parceria com a Confederação Nacional da Indústria (CNI).

Segundo o estudo no Brasil, ao contrário, o índice teve aumento de 0,7 ponto em janeiro, chegando assim ao valor de 59 pontos, resultado que configura recuperação da confiança pelo empresariado – ficando o Ceará acima da média, apesar da estabilidade mensal verificada no indicador. No entanto, vale destacar que esse valor nacional supera média histórica, que após a crise econômica do País, encontra-se em 54,1 pontos.
O indicador de difusão do Icei varia entre 0 e 100 pontos, e mede o nível de confiança do empresariado sobre as perspectivas quanto a economia, além de suas percepções acerca do atual cenário econômico, levando em consideração um período de seis meses, para mais e para menos, respectivamente.

Destaques
Na análise setorial, o Icei da indústria da construção cearense continua em ascensão, registrando aumento de 2,1 pontos em comparação ao mês de dezembro de 2017, atingindo 60,5 pontos, reflexo da expressiva melhora no indicador de condições atuais do segmento. Da mesma maneira, no Brasil, o setor apresentou um aumento de 0,5 ponto, alcançando 57,2 pontos – resultado nove pontos melhor do que o registrado em igual período de 2017. Em relação à indústria de transformação, o Ceará apresentou recuo de 2,0 pontos no índice, atingindo o valor de 58,6 pontos, enquanto que, no País, o indicador ficou com 59,3 pontos, registrando aumento de 0,7 ponto na passagem para o mês de janeiro de 2018.

Quando analisado os componentes que formam o Icei, o indicador de expectativas apresentou recuo de 1,4 pontos, chegando a 62 pontos. “Ainda assim, esse resultado denota com segurança que o empresariado cearense vê com otimismo as perspectivas da economia para os próximos seis meses”, destaca o levantamento. Quanto à economia cearense, os industriais apresentam expectativa de melhoria, chegando ao valor 62,7 no mês de janeiro de 2018. No Brasil, as expectativas quanto à economia brasileira seguem no mesmo sentido, alcançando o resultado de 58,8 pontos. O índice é o maior desde fevereiro de 2013, mês que marcou 62,3 pontos, e 7,3 pontos superior ao registrado em janeiro de 2017.

Por sua vez, o índice de condições atuais registrou 53,5 pontos, aumento de 0,5 ponto quando comparado ao mês anterior, em relação ao Estado, demonstrando percepções otimistas quanto as condições atuais da economia. Nacionalmente, o índice alcançou 53,1 pontos, mantendo-se acima dos 50 pontos, evidenciando que o empresário percebe uma melhoria de suas condições correntes de negócios, além disso, esse valor é 11,9 pontos maior que o registrado em janeiro de 2017.

Melhora à vista
A prévia da Sondagem da Indústria de janeiro de 2018, medida pela Fundação Getúlio Vargas – também divulgada ontem –, sinaliza alta de 0,5 ponto do Índice de Confiança da Indústria (ICI) em relação ao número final de dezembro. Com sete altas sucessivas, o índice atingiria 99,9 pontos, o maior desde setembro de 2013 (101,7 pontos).

Segundo a FGV, a alta da confiança no início de 2018 resultaria da melhora nas avaliações sobre o momento presente. Enquanto o Índice da Situação Atual (ISA) subiria 2,3 pontos, para 100,8, o Índice de Expectativas (IE) cairia 1,3 ponto, para 99,0 pontos. O resultado preliminar de janeiro indica alta de 0,1% no nível de utilização da capacidade instalada da indústria (Nuci), para 74,8%, o maior desde dezembro de 2015 (75,0%). Para a prévia de janeiro de 2018 foram consultadas 791 empresas entre os dias 02 e 18 deste mês. O resultado final da pesquisa será divulgado na próxima segunda-feira, dia 29 de janeiro.

O Estado