Acusado de matar jovem e esfaquear irmã é condenado em Juazeiro do Norte
O réu Laurismar Paracampos de Lima, de 50 anos, conhecido popularmente por “Teté”, foi condenado a 14 anos e dez meses e meio de prisão, enquanto o crime de lesão corporal lhe conferiu uma pena de 4 anos e sete meses. Entretanto, como cita a sentença, serão deduzidos os três anos e sete meses em que “Teté” já está preso.
Ao final, o Conselho de Sentença decidiu pela desclassificação de homicídio privilegiado erguido pela defesa e considerou os crimes como qualificados.
Ele está recluso numa das celas do presídio de Itaitinga sendo acusado de matar o jovem Fabiano dos Santos, 23 anos, e esfaquear nas costas e num dos braços a irmã da vítima Antônia Maria dos Santos.
O crime ocorreu no dia 12 de agosto de 2016 no Lourenço´s Bar situado às margens da BR-230 no Bairro Sanharol em Várzea Alegre.
“Teté” mantinha rixas antigas com Fabiano e se encontraram no estabelecimento onde passaram a beber e surgiu nova discussão.
De acordo com informações o acusado sacou uma faca e passou a lesionar o rapaz até quando este já agonizava no solo. Além disso, ameaçou com a arma branca quem tentou impedir o cometimento do crime a exemplo da irmã de Fabiano que escapou no hospital São Raimundo Nonato, de Várzea Alegre.
A prisão de Teté ocorreu no dia 19 de agosto de 2016 ao se apresentar com advogado na Delegacia de Polícia Civil de Iguatu e já existia um mandado de prisão preventiva.
A primeira sessão ordinária do Tribunal do Juri teve duração de 15 horas com a utilização do sistema de videoconferência em Juazeiro do Norte. O interrogatório do réu só terminou por volta das 15h, e o julgamento dele se estendeu até às 22h20, no auditório do fórum em Juazeiro.
No julgamento desta quinta-feira, 12, foram ouvidas três testemunhas de acusação e cinco da defesa, seguidas de cinco horas de debates com réplicas e tréplicas entre acusação e defesa na sessão presidia pelo juiz Gustavo Henrique Cardoso Cavalcante.
O julgamento de “Teté” em Várzea Alegre deveria ter acontecido no dia 22 de fevereiro de 2018, mas houve o pedido de desaforamento quando o Tribunal de Justiça agendou para Juazeiro. É que nove dos 21 jurados se manifestaram sem condições de participar por terem sido procurados por familiares do acusado ou possuírem alguma ligação com ele.