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Aécio e Tasso se reúnem e garantem união no PSDB

Brasília. O senador Aécio Neves (MG), presidente licenciado do PSDB, decretou o fim das “divergências internas” do partido, ontem, após reunião com o senador Tasso Jereissati (PSDB-CE), presidente interino da sigla, e os presidentes dos diretórios estaduais da legenda, na sede do PSDB, em Brasília. No início da semana, alguns tucanos pediram a volta de Aécio ao cargo.

“Paz no ninho, tudo calmo”, afirmou Aécio. “Insisti dias atrás que permanecesse e novamente eu estou dizendo a ele que é o que tem melhores condições de conduzir o partido até dezembro”, afirmou Aécio.

O senador mineiro destacou que o apoio ao governo Michel Temer também não está mais em discussão e classificou de “oportunistas” aqueles que tentam dividir o partido em alas pró e contra Temer. “É uma balela”.

Aécio admitiu que a propaganda do PSDB sobre uma autocrítica, gerou “incompreensões”, mas defendeu que, agora, os tucanos devem falar daquilo que os une. “Divergências foram superadas e continuaremos nossa trilha de construir um projeto para o País e isso pressupõe o PSDB unido”, disse.

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Já o presidente interino do PSDB, senador Tasso Jereissati (PSDB-CE), negou, ontem, que o partido estivesse em “guerra” nos últimos dias, diante da repercussão negativa em torno da propaganda partidária da legenda. Tasso afirmou que o partido tem divergências e continuará tendo, mas garantiu que o processo de autocrítica vai continuar.

“O PSDB não estava dividido. O partido tem divergência, vai continuar tendo divergências e graças a Deus tem divergência porque não somos partido de pensamento único. Partidos de pensamento único são comunistas”, afirmou. “A autocrítica continua. Esse processo é de autocrítica, de criar novo programa estatuto é absolutamente necessária a autocrítica não só para o nosso partido, eu diria que até mais para os outros partidos”.

Tasso negou existir “guerra” no ninho. “Não precisava selar paz onde não tinha guerra”.

Tasso disse ainda que o parlamentarismo “é a bandeira oficial” de seu partido. “Mas não para agora, nas eleições de 2018, porque não é solução para a crise, e sim como sistema definitivo a partir de 2022”.

Ontem, Aécio sofreu uma derrota jurídica. Em manifestação enviada ao Supremo, o procurador Rodrigo Janot rejeitou um recurso da defesa de Aécio que tentava levar para o plenário do STF, retirando da 1ª Turma, o julgamento do pedido de prisão feito pela PGR contra o tucano.

Fonte: Diário do Nordeste