Ajudei Lula e agora vejo crescer responsabilidade nas costas, diz Ciro
Em evento na sede nacional do PDT, o ex-ministro Ciro Gomes lançou nesta quinta-feira (8) pré-candidatura ao Planalto dizendo que vê “crescer nas costas uma responsabilidade muito grande” depois de ter “ajudado o Lula por 16 anos”.
Segundo Ciro, a situação eleitoral no Brasil se divide em cinco projetos políticos: o seu e o de Lula, no campo da centro-esquerda, o de Marina Silva (Rede), isolada, e os de Jair Bolsonaro (PSL) e Geraldo Alckmin (PSDB) à direita. Nessa lógica, a candidatura de Lula estaria “tamponando sua evolução”.
“Bolsonaro [está] tamponando a evolução do candidato real dessa direita ‘civilizada’ do Brasil, que é o Alckmin. Problema deles”, afirmou, em entrevista antes do evento.
“Mas eu vejo no momento em essas cinco candidaturas. O Bolsonaro tamponando o Alckmin, o Lula tamponando a minha evolução e, na medida em que um outro não esteja no processo, eu e o Alckmin dividiremos a disputa no segundo turno.”
Ele negou que tenha feito críticas ao ex-presidente -como o próprio Lula disse em entrevista à Folha de S.Paulo- e afirmou que fez avaliações sobre o PT ao dizer que o partido não apoia ninguém e prefere lançar candidatura no campo nacional.
Do seu lado, o presidente do partido, Carlos Lupi, afirmou que a candidatura será irreversível e lançada em 20 de julho, primeiro dia das convenções.
“Estive com o presidente Lula segunda-feira (5)”, disse Lupi. “É meu amigo pessoal, acho que foi nesse processo profundamente injustiçado, me machuca vê-lo sofrendo, mas acho que construíram uma situação que é irreversível. Virou uma luta dos doutos do direito contra o direito verdadeiro.”
O embrião da equipe que irá compor o programa de Ciro será, segundo ele, o economista Nelson Marconi, professor da Fundação Getúlio Vargas (FGV), o ex-ministro Mangabeira Unger e o economista Mauro Benevides Filho. Com informações da Folhapress.
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