Travesti de Juazeiro pode ter sido morta em Crato por causa de R$ 200,00 e desovada no Pernambuco
Policiais civis de Araripina e Moreilandia (PE), Crato e Juazeiro do Norte (CE) estão debruçados nas investigações visando esclarecer o assassinato da travesti Pamela Pamanerk como era conhecida Pedro Damião Coelho, de 29 anos. Ela foi assassinada domingo com um tiro no abdômen após uma suposta sessão de espancamentos e o corpo encontrado no Sítio Serra Mata Grande na zona rural de Moreilandia (PE) perto da divisa com o Crato.
A necropsia se deu no IML de Petrolina (PE) e a chegada em Juazeiro foi às 16 horas seguindo para a Funerária Anjo da Guarda. Desde às 18h30min de ontem que o corpo está sendo velado em sua residência na Rua Odílio Figueiredo, 678 ao lado da Igreja de Nossa Senhora Aparecida no bairro João Cabral. Por volta das 14 horas sairá num cortejo fúnebre até à zona rural de Barbalha com sepultamento previsto para às 16 horas no Cemitério do Sítio Macaúba, onde viveu parte de sua infância com a família.
Para a polícia, as investigações em torno do assassinato de Pamela estão bem avançadas e várias colegas da mesma foram ouvidas na tarde de ontem no Núcleo de Homicídios e Proteção à Pessoa da 20ª DRPC em Juazeiro com o acompanhamento do agente Daniel Oliveira da 24ª Delegacia de Polícia Civil de Araripina (PE) que jurisdiciona Moreilandia. Nesse momento, a principal suspeita recai sobre um homem que teria feito um programa sexual com Pamela no último sábado.
Segundo uma das depoentes, com quem essa mesma pessoa já teria saído quatro vezes, o retorno de Pamela foi rápido e o cliente que seria “passivo” não pagou os R$ 200,00 acertados por considerar o pênis da travesti “pequeno e fino”. Na madrugada do domingo, ele reapareceu no seu carro no mesmo ponto na Rua da Imprensa perto da Praça do Triângulo quando passou a conversar com outros dois travestis. Ao vê-lo, Pamela se aproximou e passou a cobrar os R$ 200,00 pela saída do dia anterior.
Nisso, o suspeito a convidou para adentrar o seu carro já que iriam até o município de Crato, onde reside, apanhar o dinheiro. As colegas de Pamela estranharam a demora no retorno dela e, na segunda-feira, já souberam do achado do seu corpo através de matéria publicada no Site Miséria. A polícia já sabe que toda a trama aconteceu entre Juazeiro e Crato, sendo o Pernambuco apenas o ponto de desova e imagens de câmeras de segurança já foram requisitadas para confirmar as informações recebidas.
Por Demontier Tenório
Miséria.com.br