Ceará

Exportações do Ceará saltam 58,7% em abril

As exportações cearenses no período entre janeiro e abril de 2018 totalizaram US$ 150,1 milhões, crescimento de 58,7% na comparação com igual período de 2017, apesar de representar decréscimo de 1,4% ante o mês de março. Com o resultado no quarto mês deste ano, foram exportados, desde janeiro de 2018, US$ 639,2 milhões, um crescimento de 3,3% em relação a 2017. Os dados são do estudo Ceará em Comex, do Centro Internacional de Negócios da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (Fiec).

As importações cearenses no mês foram de US$ 185,1 milhões, valor 10,3% maior que o mesmo período do ano anterior. Abril foi o mês de menor valor importado quando comparado com os outros meses ao longo de 2018. No acumulado do ano, foi percebido um incremento de 6,4% no comparativo com o ano anterior, resultando em um total de compras do exterior de US$ 797,4 milhões.

No tocante à balança comercial do Nordeste, a participação das exportações cearenses no acumulado do ano foi de 11,95%, valor acima dos 11,54% registrados pelas importações. Em relação à participação na balança comercial brasileira, as vendas externas do Estado apresentaram queda, de 0,91% para 0,86%. As compras do exterior exibiram o mesmo comportamento, caindo de 1,60% para 1,47%.

Ranking

O Ceará se posicionou como décimo quinto colocado no ranking dos estados exportadores brasileiros. Em termos de crescimento, no comparativo entre os quatro primeiros meses de 2018 e 2017, o crescimento de 3,3% do Ceará ficou bem aquém da média do crescimento nacional, que foi de 9,6%.

O município de maior representatividade na pauta exportadora do estado é São Gonçalo do Amarante, com mais da metade do total das exportações cearenses (52%). A performance do município nas exportações do estado é reflexo principalmente da produção de placas de aço pela Companhia Siderúrgica do Pecém (CSP). Sobral, Fortaleza e Maracanaú seguem como municípios de maior destaque, com participação respectiva de 9,2%, 7,3% e 6,1%. Icapuí, na produção frutífera, aumentou suas vendas externas em mais de 700% entre 2017 e 2018.

Setores

Setor mais significativo das exportações cearenses, “Ferro fundido, ferro e aço” teve um total exportado de US$ 335milhões, o que equivale a 52,4% do total vendido para o exterior. Vale o destaque para o setor de “Frutas; cascas de frutos cítricos e de melões”, com um crescimento de 86,1% em relação à 2017.

Quanto aos produtos exportados, os itens exportados pela CSP, classificados como “outros produtos semimanufaturados de ferro ou aço não ligado”, obtiveram um aumento de 5,8% em relação a 2017 e representam mais metade das vendas externas do Estado, totalizando US$ 322,5 milhões. “Melões frescos”, produto tradicional na pauta exportadora cearense nos últimos anos, voltou a exibir forte resultado, depois da estiagem de 2017, as exportações do setor subiram mais de 7 mil pontos percentuais, chegando à marca de US$ 20,2 milhões. Principal comprador dos produtos cearenses nos últimos meses, os Estados Unidos mantiveram a liderança em abril e aumentaram sua participação no mercado exterior do Estado, subindo de 23,3% para 24,1%, o que equivale a US$ 154,3 milhões, esse valor representa quase um quarto de tudo que o Ceará exporta.

Turquia e México, fortes compradores do aço produzido na CSP, vem em seguida com US$ 64,4 milhões e US$ 51,4 milhões respectivamente. A Áustria surgiu, em abril, como o décimo maior destino das exportações cearenses, com US$ 19,8 milhões, um aumento bastante significativo, se comparado aos US$ 328,9 mil de 2017.

Verificando o ranking dos estados brasileiros importadores, o Ceará caiu uma posição em relação a 2017, alcançando a décima quarta posição em 2018. As importações do estado representaram 1,6% do total importado pelo país.

Municípios

São Gonçalo do Amarante continua sendo o município com a maior participação (43%) no ranking dos municípios cearenses importadores, com um pequeno acrescimento de 0,2% nas compras externas em 2018 diante de 2017. Fortaleza, com um aumento de 7,4%, segue na segunda colocação no ranking, com uma participação de 18,1%. A cidade de Chorozinho, que no ano de 2017 não realizava compras externamente, figura como o quinto maior município importador do Estado neste ano, com um montante de US$ 32,1 milhões.

O setor de maior representação na pauta importadora cearense neste ano é “Combustíveis e óleos minerais”, liderando com US$ 366 milhões, 13,9% acima do registrado no mesmo período do ano passado. Outros destaques dentro da pauta importadora dizem respeito aos aumentos nas importações de “produtos químicos orgânicos”, que mais do que dobrou em relação à 2017, e aos produtos pertencentes ao setor de “aeronaves e aparelhos espaciais, e suas partes”, que exibiu nesse primeiro quadrimestre do ano, um aumento de mais de 24 mil pontos percentuais, saindo de US$ 54,2 mil para US$ 13,2 milhões.

Diário do Nordeste