Justiça quer governar no lugar de todo mundo, afirma Ciro
Em discurso duro, o presidenciável Ciro Gomes, do PDT, acusou nesta terça-feira (22) o Ministério Público e o Poder Judiciário de ultrapassarem as suas atribuições democráticas e quererem governar o país no lugar de todo mundo.
“Hoje, [com o] Congresso Nacional desmoralizado, o Poder Federal desmoralizado e a autoridade política desmoralizada, há uma invasão absolutamente intolerável, que tem de ser posta fim a ela, de atribuições democráticas por poderes que não são votados. O Ministério Público quer governar no lugar de todo mundo. O Poder Judiciário quer governar no lugar de todo mundo”, criticou.
No discurso, o presidenciável defendeu que é necessário “restaurar a autoridade moral do poder político brasileiro” e avaliou que a situação do país “nunca esteve tão grave como atualmente”. Para ele, não será um candidato que defende o extremismo e faça a simplificação dos temas que resolverá o problema.
“O candidato a ditador no Brasil é o [Jair] Bolsonaro (PSL). Eu sou candidato a presidente”, afirmou.
Em entrevista, o pedetista disse que não deixará os partidos da base aliada esconderem o apoio ao presidente Michel Temer durante a campanha presidencial. Por uma aliança, o MDB tem aceitado que siglas governistas não coloquem a imagem do presidente em propagandas eleitorais ou materiais de campanha.
“Nós não permitiremos isso [esconder Temer]. Como não permitiremos que o PSDB se faça de inocente em relação a essa tragédia que tem ocorrido no Brasil. Ainda que o MDB tenha candidato, o PSDB é corresponsável por essa agenda antipobre e antinacional”, criticou.
O presidenciável também pediu apoio dos prefeitos para extinguir o teto de gastos públicos, disse que irá alterar a reforma trabalhista e defendeu a criação um tributo transitório, nos moldes da CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira), para resolver a crise fiscal do país.
“A ideia é criarmos um imposto, ainda que transitório e vinculado ao abatimento da dívida, sobre operações financeiras superiores a R$ 3.000 por mês. Seria um percentual de 0,38% e deixaria mais de 80% da população isenta”, disse.
Segundo ele, a estimativa é que o imposto arrecadasse um montante de R$ 70 bilhões, que seria partilhado com as unidades da federação. Com informações da Folhapress.
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