Menina adota animais como terapia para tratar a síndrome do pânico
A jovem Laysa Lorena, 16 anos, estudante, descobriu uma forma de lhe dar com a síndrome do pânico, e assim buscar a cura da doença mental, a adoção de animais.
Ela adotou dois gatos e se sente bem melhor após a chegada dos bichanos em sua residência localizada no bairro Betânia, em Várzea Alegre. A história de Laysa foi contada na tarde desta quarta-feira, 10, no jornal da Rádio Cultura, em Reportagem Especial alusiva ao Dia Mundial de Combate ao Suicídio.
A jovem contou ao repórter Ivan Silva que as crises de pânico, geradas pela ansiedade demasiada, começaram no dia em que foi assaltada, em abril de 2018. No crime, ela teve o seu aparelho celular levado pelo bandido e disse que se sentia a única pessoa no mundo com o problema.
“Muitas vezes eu achei que era só eu que estava passando por isso, que só que eu vivia em meio as crises, não era de chorar, mas tipo, eu ficava com aquela angustia dentro de mim, e muitas vezes eu me privei de estar mais meus amigos, estar mais minha família por causa de meu problema fosse atingir a eles”, disse.
Laysa conta que os gatos lhe tiraram de toda a zona de pensamentos ruins e lhe ajudaram para sair dessa fase difícil da sua vida. Por causa disso, ela reforça a importância da adoção, pois tanto o animal como a pessoa que adota, saem ganhando.
“A adoção é muita eficaz, e os animais são companheiros e ajudam muito na ausência de muita coisa. Procure adotar, pois além de ajudar a gente, a gente ajuda eles tirando da rua. Tem também o Abrigo Amigos do Pepe, que você pode encontra um animal que está lá, precisando de um lar”, destacou.
Por estarmos na campanha Setembro Amarelo, que ressalta a valorização da vida, a jovem destaca a questão de compartilhar com pessoas próximas o que sente, buscar ajuda. “Procure conversar com as pessoas que tem mais intimidade“, finalizaou.
A professora Helena Tavares é mãe de Laysa e contou para a gente como foi ruim notar a doença na filha, porém, no momento se encontra grata a Deus pela recuperação da sua filha primogênita, ela ainda tem mais um filho.
“A maior vitória foi dia 21 de agosto, dia do levantamento da bandeira (São Raimundo Nonato), quando em cheguei ela estava se arrumando para ir para ao parque mais um coleguinha dela, a maior felicidade do mundo, eu não esqueço jamais. São Raimundo, todo ano eu pago promessa com ele, vou pagar a minha promessa de vermelho e branco (cores do santo)”, encerrou.
A reportagem especial ainda ouviu os profissionais de saúde mental na cidade, a psicóloga Danilane Costa e o psiquiatra Carlos Holanda. A jovem universitária Amanda Karol também participou reforçando o seu trabalho de pesquisa sobre a saúde mental dos jovens de Várzea Alegre.