Menos de 12% das cidades brasileiras têm mulheres no cargo de prefeita
Brasília. Enquanto 4.908 homens administram cidades no Brasil, apenas 662 mulheres têm a mesma função – e a participação delas caiu em 2017. Os dados são do IBGE, que divulgou, ontem, o Perfil dos Municípios Brasileiros (Munic 2017).
Em 2017, ano em que novos gestores municipais tomaram posse, 88,1% dos prefeitos do Brasil eram homens, e 11,9%, mulheres. O percentual da participação feminina era maior em 2013, quando atingiu 12,1%. Entre as regiões brasileiras, o Nordeste tem a maior presença de prefeitas, que governam 16,3% de seus municípios. Em 2013, o percentual era de 16,5%.
Meio ambiente
O IBGE mostrou ainda que a seca é o maior desastre ambiental do Brasil. E, diferentemente do que se costuma imaginar, os episódios de escassez de chuvas não estão restritos aos municípios do Nordeste; pelo contrário, são bem distribuídos por todo o País.
Segundo a nova publicação, entre 2013 e 2017, praticamente a metade dos 5.570 municípios brasileiros (48,6%) registraram algum episódio de seca. A maior parte deles se concentra no Nordeste, mas há municípios enfrentando escassez de chuvas em todas as regiões.
Os desastres ambientais avaliados (além da seca, enchente, erosão e deslizamento) estão bem distribuídos pelo País. Embora a seca seja o problema mais comum, 31% dos municípios registraram casos de alagamentos, 27,2% de enxurradas, 19,6% de erosão e 15% de deslizamentos.
A pesquisa revela, no entanto, que a grande maioria dos municípios (59%) não apresenta nenhum instrumento voltado à prevenção de desastres naturais e apenas 14,7% tinham um plano específico de contingência e/ou prevenção à seca.
Pela primeira vez, a pesquisa trouxe informações sobre a gestão da política agropecuária nos municípios: 66,6% das cidades têm programas de acesso a insumos (como mudas e sementes).
Diário do Nordeste