Várzea Alegre

Nome que será dado à sede da Câmara de vereadores gera polêmica

Na Câmara de Vereadores de Várzea Alegre se instalou mais uma polêmica. A bola da vez é a discussão sobre quem será homenageado com seu nome no Palácio Legislativo que ainda está no assentar dos primeiros tijolos de sua construção.

Os vereadores de oposição, capitaneados pela professora Dedê (PC do B), defendem o nome do ex-parlamentar de saudosa memória, José Carlos de Alencar.

No dia 19 de fevereiro, o vereador do PT, Antônio Alcântara, da situação, havia protocolado na Casa, documento que lhe assegura o direito à indicação da pessoa ser homenageada dando nome ao prédio da Câmara Municipal. Só que, no documento, o vereador não indicou quem é seu nome escolhido para a homenagem.

O vereador Zé Batista (PR), criticou e disse que foi a primeira vez, em 27 anos de parlamentar, que viu uma indicação desse tipo, ou seja, que pela indicação não tenha sido divulgado o nome do pretenso homenageado. Antes ele afirmou que a Câmara vive uma crise de ética.

A vereadora Dedê disse que estranhou o fato de não ter havido nenhuma manifestação por parte do parlamentar com relação à indicação e pediu que nesses casos, haja a manifestação. Dedê disse que a bancada da oposição manterá a defesa do nome já apresentado.

O presidente da Câmara Municipal, Alan Salviano (MDB), saiu em defesa do parlamentar Antônio Alcântara, afirmando que o mesmo exerceu suas prerrogativas parlamentares e questionou o vereador Zé Batista, em que ponto Antônio Alcântara teria faltado com a ética.

Zé Batista disse que quando se referiu à falta de ética, falava da apresentação de requerimentos, quando mais de um parlamentar apresenta esse tipo de petição com um mesmo objetivo.

O vereador Antônio Alcântara disse que sempre prezou pelo respeito e que protocolou seu pedido com orientação jurídica da assessoria da Casa, afirmando que isso não significa que o nome que apresentará para dar nome à Câmara seja o aprovado, vez que será debatido por todos os parlamentares.

Quanto aos requerimentos com dualidade, explicou que acontece devido ao grande número desse tipo de documento, especialmente no ano passado, mas que tem tomado o cuidado de consultar a secretaria da Câmara sobre esse assunto.

Polêmica desde o início

A sede do Poder Legislativo de Várzea Alegre vem enfrentando situações polêmicas desde quando passou a ser a sua construção uma das metas do vereador Alan Salviano. Primeiro, os vereadores de oposição discordaram da permuta de um terreno pertencente à Câmara, no bairro Betânia, por um terreno no bairro Riachinho.

O terreno da Betânia apresentava problemas de documentação, daí a proposta de permuta. O vereador Dr. Márcio Henrique (PT do B), também discordava da permuta. Hoje independente declarado, na época o parlamentar estava na base do governo. Para ele, não havia necessidade da troca de terreno e a Câmara e a população sofreriam prejuízos. Esse embate só foi resolvido, quando o dono das terras, objeto da permuta, Zé de Zaqueu, resolveu doar o terreno ao Município para construção da Câmara.

Custo financeiro do projeto

Durante todos o ano de 2017, a Câmara Municipal, na gestão Alan Salviano, economizou R$ 275.261,49. Esse valor, de acordo com Alan Salviano, já está garantido para investimento na construção e o projeto deve consumir recursos financeiros da ordem R$ 650.283,34. Dessa soma toda, cerca de R$ 500.000,00, dinheiro que será economizado em 2 anos, serão investidos pela Câmara Municipal, mais R$ 100.000,00, o prefeito Zé Helder disse que buscará por meio de emenda com o deputado estadual Dr. Sarto (PDT) e a Prefeitura entrará com contrapartida da ordem de R$ 50.000,00.

Foto: Fábio Oliveira