Obras do Cinturão das Águas no Ceará são atrasadas pelo contingenciamento
O andamento das obras do Cinturão das Águas do Ceará (CAC) estão atrasadas por causa do contingenciamento de recursos públicos do Governo Federal. O projeto foi repassado ao Governo do Estado, no qual foi concebido para transferir as águas vindas do Eixo Norte do Projeto de Integração do rio São Francisco. No total, são mais de mil quilômetros de canal no Ceará.
De acordo Ministério do Desenvolvimento Regional, foram encaminhados ao Estado R$10,6 milhões para as obras do CAC, no dia 29 de março. “Outros repasses aguardam disponibilidade orçamentária e financeira, em razão de restrições impostas a toda a administração pública federal a partir do Decreto nº 9.741. A garantia de recursos para as obras vem sendo tratada pelos ministérios do Desenvolvimento Regional e da Economia”, informou o órgão.
Conforme o secretário de Recursos Hídricos do Ceará (SRH), Francisco Teixeira, não houve suspensão das obras, mas as verbas federais estão atrasadas. “Não vamos oficialmente fazer nenhuma suspensão. Vínhamos trabalhando até poucos dias atrás, mas as chuvas estavam atrapalhando. Realmente devido à dificuldade de repasse a obra está atrasada. O governo federal repassou R$10 milhões no início de abril para a gente poder pagar fevereiro, mas as quantias referentes à março e abril não foram repassadas e por conta disso atrapalha o ritmo das obras do Estado”, explica.
Abastecimento
O chamado “eixo emergencial” do CAC já está pronto para receber as águas do Projeto de Integração do São Francisco (PISF). Este trajeto, pensado há dois anos, conduzirá as águas do “Velho Chico” até o Riacho Seco, em Missão Velha. De lá, fluirá pelo Rio Salgado, que deságua no Rio Jaguaribe, seguindo até o Açude Castanhão. Do maior reservatório do Ceará, continuará pelo Eixão das Águas para garantir o abastecimento da Região Metropolitana de Fortaleza (RMF).
A água que chegará à Capital cearense vai passar pelo Trecho 01 do CAC que tem, ao todo, 149,85 km de extensão. Contudo, o “eixo emergencial”, que percorre somente 53 quilômetros desta primeira, está concentrado nos lotes 01 (38,5 km), 02 (9,2 km) e 05, onde estão os túneis Sítio Alto I, Sítio Alto II e Veneza.
Fonte: Diário do Nordeste