Temer já admite deixar votação da Reforma para 2018
Para tanto, quer iniciar na quinta (14) o debate o em plenário como forma de estimular líderes partidários a saírem publicamente em defesa da proposta -ao mesmo tempo, sentir a temperatura do quadro de votos.
Porém, diante do risco de não conseguir levar a estratégia adiante, o Planalto passou a formular o discurso de que a votação pode ficar para fevereiro.
“Sem dúvida alguma, se não conseguirmos (votar na semana que vem), vou sentir que perdemos uma batalha, mas não perdemos a guerra”, disse o deputado Carlos Marun (PMDB-MS), que assume quinta (14) como ministro da articulação política (Secretaria de Governo) com a missão de angariar mais apoio à reforma. No domingo (9), em viagem a Buenos Aires, o presidente Temer havia admitido a possibilidade de adiar a votação.
O discurso foi compartilhado também pelo ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira.
Tentativa
No caso da área da saúde, que tem mais gargalos, seria destinado, por exemplo, a reformas de unidades hospitalares e entrega de ambulâncias. Nas últimas semanas, integrantes da base aliada vinham reclamando que emendas empenhadas na época da votação das denúncias da Procuradoria-Geral da República contra o presidente não tinham sido executadas.
Além disso, Temer pediu à equipe política um levantamento da tendência de voto de todos os deputados governistas. Pelo balanço prévio feito pelo Planalto, há 100 deputados governistas que estão indecisos, a maioria de partidos como PSD e PR, que têm resistido em fechar questão favorável à proposta. Para evitar um esvaziamento do plenário da Câmara, no caso de a votação se confirmar na semana que vem, o peemedebista pediu ao presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), que marque para o dia 19 a votação pelo Congresso do Orçamento, no que foi atendido.
Fonte: Diário do Nordeste