Várzea Alegre

Varzealegrenses estão no Coral de beatificação da Menina Benigna

Três varzealegrenses foram selecionados para o coral polifônico com mais de 120 vozes para a oficialização do processo de beatificação de Benigna Cardoso da Silva, conhecida como ‘Menina Benigna’, os jovens Geilza Bento, Aparecida Isabella e Lucas Diógenes

Eles passaram por um processo seletivo que avaliaram afinação, ritmo e aprendizagem musical. Os então candidatos enviaram a demonstração via e-mail para a Comissão até o dia 18 de agosto.

Geilza reside no distrito de Riacho Verde, é cantora nas capelas de Nossa Senhora das Graças, no Sítio Poço Cercado e de Coração de Jesus, no Sítio Mameluco. Ainda canta na sede do distrito de Riacho Verde. Ela, inclusive, foi uma das cantoras destaques do desafio “Mulheres Cantam Marília”, da Rádio Cultura [FM 96.3].

Lucas e Aparecida moram na sede e fazem parte do grupo de cantores da Matriz de São Raimundo Nonato, em Várzea Alegre.  A missa de beatificação de Benigna ocorrerá no dia 24 de outubro, no Parque de Exposição Pedro Felício Cavalcante, na cidade de Crato, Região Metropolitana do Cariri, com início às 17h.

Os ensaios para a cerimônia ocorrem todo sábado, desde o início da seleção, na Sé Catedral Paróquia Nossa Senhora da Penha, no Crato. Os cantores de Várzea Alegre contam com apoio dos vereadores Maiko de Morais e Ciete Bezerra e estão felizes e determinados. Participam do Coral cantores de diversas partes do estado, como por exemplo, de Mauriti, Brejo Santo e Araripe.

Parte de um ensaio [Vídeo]

O evento estava programado para ocorrer em outubro de 2020, no entanto, foi adiado pelo Vaticano por causa da pandemia de Covid-19.

A autorização para o processo, que é a única peça que falta para que Benigna se torne a primeira beata do Ceará e a quarta brasileira mártir, ocorreu em 2019 pelo Papa Francisco.

Benigna nasceu em 15 de outubro de 1928 no Sítio Oiti, em Santana do Cariri, no interior cearense. No dia 24 de outubro de 1941, foi assassinada aos 13 anos por Raul Alves com golpes de facão, ao recusar ter relações sexuais com ele, que morava no mesmo município.

Após a morte, a menina passou a ser venerada como mártir na região do Cariri. Benigna virou símbolo da resistência contra feminicídio e violência sexual contra crianças e adolescentes após ser assassinada.

foto divulgação